A cobertura de serviços públicos e os indicadores de desenvolvimento na América Latina melhoraram nas últimas duas décadas, mas ainda é necessário reduzir a ?persistente desigualdade? de acesso a esses serviços e sua ineficiência. A conclusão é de um estudo divulgado ontem pelo Banco Mundial (Bird). Segundo o estudo, muitos cidadãos obtêm serviços básicos – como educação, saúde e saneamento – de má qualidade e uma alta proporção dos pobres não recebe nenhum serviço, apesar das importantes reformas empreendidas pelos países da região.
As despesas públicas com educação nos 20 maiores países da região aumentou de 3,3% do PIB, em 1975, para 4,2% em 1999. A média de matrícula no ensino fundamental nos 20 maiores países da região aumentou de 81% para 92%, entre 1980 e 2000.
Mas de modo geral, a qualidade da educação é mais baixa do que o esperado. Apenas uma minoria de estudantes alcança resultados satisfatórios na maioria dos países da região e, supostamente, concentram-se nas grandes cidades.
Segundo o estudo, no Brasil, uma criança que nasce em uma família situada entre as 20% mais pobres, em relação à distribuição de renda, tem três vezes mais probabilidade de morrer antes de atingir cinco anos, se comparada a uma criança nascida em uma família na faixa dos 20% mais ricos.