O setor de serviços ainda opera 12,6% abaixo do pico de atividade registrado em novembro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, o patamar atual está apenas 1,0% acima do ponto mais baixo da série, que foi alcançado em março de 2017.
“Os serviços estão muito mais próximos do ponto mais baixo da série do que do ponto mais alto. Não está mais no nível mais baixo, mas não mostra sinais claros de recuperação”, apontou Rodrigo Lobo, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Com as oscilações na série com ajuste sazonal nos últimos meses, o volume de serviços prestados voltou ao patamar de outubro de 2017. A ligeira alta de 0,1% registrada em fevereiro ante janeiro foi avaliada pelo IBGE como estabilidade.
“É estabilidade, ainda mais com os últimos resultados. Janeiro devolve o ganho de novembro e dezembro. O patamar de fevereiro é o mesmo de outubro”, disse Lobo. “Estar no mesmo patamar de outubro de 2017 significa que os serviços pelo menos pararam de cair”, acrescentou.
Contudo, o pesquisador confirmou uma perda recente no ritmo do setor, evidenciada também pela comparação entre a ligeira queda de 0,1% no fechamento do quarto trimestre de 2017 e o recuo de 1,8% acumulado no primeiro bimestre de 2018.
O volume de serviços prestados acentuou o ritmo de queda em fevereiro ante fevereiro de 2017, com recuo de 2,2%, ante uma redução de 1,5% em janeiro.
Por outro lado, o porcentual de serviços pesquisados com crescimento foi o maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2017. O índice de difusão ficou em 47,0% em fevereiro, ante 43,4% em janeiro, tendo como base 166 subsetores investigados. “O índice de difusão mostra algum tipo de melhora”, confirmou Lobo.