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Foto: Agência Brasil

Ministro Luiz Marinho: 2007 será melhor que 2006.

No mês de janeiro, os setores de serviços se destacaram na geração de novos empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. Foram criados em todos os setores da economia 105.468 novas vagas formais, sendo que somente os serviços foram responsáveis por 47.315 novos postos. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os segmentos com maior destaque entre os serviços foram aqueles ligados à administração de imóveis, de empresas de limpeza, vigilância e informática, além dos relacionados à área de turismo.

A indústria gerou 39.118 novos empregos formais, no mês passado, e todos os segmentos do setor tiveram números positivos, com destaque para as indústrias de calçados e madeira, que ao longo de 2006 tiveram números negativos na geração de empregos. Na avaliação de Marinho, no ano passado esses setores foram prejudicados pela desvalorização cambial, mas ao longo do segundo semestre começaram a ser compensados com medidas do governo direcionadas para o setor. ?Podemos destacar entre essas medidas as linhas de crédito, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que foram reforçadas pelo BNDES?, lembrou.

O setor agrícola registrou em janeiro um acréscimo de 17.239 novos postos de trabalho, favorecidos pelo cultivo da cana-de-açúcar em regiões como São Paulo e outras culturas, principalmente nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Marinho disse que ainda é cedo para fazer previsão para o ano, mas antecipou que aposta no saldo positivo de novos empregos, superior ao patamar de 1,2 milhão, do ano passado. ?Esta expectativa se baseia na nossa esperança de que 2007 tenha um desempenho econômico melhor que dos últimos anos?, afirmou.

Marinho propõe taxar exportações para arrecadar mais

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Brasília (AE) – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a idéia de se discutir, no Brasil, a cobrança de tarifas sobre exportações, com o objetivo de aumentar a arrecadação. Segundo o ministro, a cobrança de tarifas sobre exportações seria um alternativa ao aumento de outros impostos que o governo já se comprometeu a não elevar. ?Como há o compromisso do governo de não elevar mais a carga tributária, essa alternativa pode ajudar a continuar as desonerações (na economia)?, justificou Marinho.

?A depender do que se trata e, a depender da situação da balança comercial, acho que o País tem de pensar em tarifas de exportações?, disse o ministro, em entrevista coletiva convocada para divulgação de detalhes do resultado de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A cobrança de tarifas seria uma medida que teria que considerar produto a produto, segundo o ministro, e quais os impactos para os respectivos mercados de trabalho. Marinho destacou que as exportações que deveriam continuar sendo incentivadas pela isenção de tarifas seriam as de produtos acabados, com alto valor agregado, ou com mão-de-obra agregada. ?Matérias-primas? Não sei se é tão importante a gente incentivar exportações de matérias-primas?, disse o ministro.

Em relação a esse ponto, deu como exemplo os minérios, definidos por ele como riqueza natural do País que o governo deveria avaliar se é adequado ou não o volume dessas exportações. Marinho disse que já conversou sobre o assunto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que este se mostrou aberto a iniciar uma discussão a respeito.

Paraná teve o melhor janeiro dos últimos 11 anos

O Paraná gerou 8.864 novos empregos no mercado formal de trabalho durante janeiro de 2007. O resultado, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, é o melhor do mês dentro da série histórica de 11 anos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os novos empregos com carteira assinada gerados no Estado representaram 8,4% de todos os postos de trabalho registrados no mês no Brasil. Em todo país, foram 105.468 novas vagas.

?No ano passado, o Paraná criou mais de 86 mil empregos e já começamos este ano com a geração de novas oportunidades de trabalho, o que mostra que o governo do Paraná está trabalhando com seriedade em cima das políticas públicas que geram efetivamente contratos de emprego e renda?, afirma o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, deputado Nelson Garcia.

A indústria foi o setor que mais ofereceu novas oportunidades de trabalho em janeiro no Paraná: 5.812 novos contratos. O setor também se destacou com um crescimento de 135% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

A área de serviços – que engloba atividades como os oferecidos por instituições financeiras, de ensino, transportes e comunicação – foi o segundo setor com maior número de empregos ofertados no Estado: exatos 2.005 novos postos de trabalho.

Outro destaque foi o crescimento do número de empregos na construção civil. Em janeiro, foram mais 1.745 postos de trabalho no setor no Paraná. Para os economistas, o crescimento de empregos neste setor é um termômetro que significa que o conjunto da economia do Estado vai bem.

Interior

Os dados do Caged mostram ainda que 77% dos empregos gerados no Paraná foram registrados no interior do Estado. Apenas 2.057 das 8.864 novas oportunidades de trabalho surgidas em janeiro se concentraram na Região Metropolitana de Curitiba.

No período acumulado entre os meses de janeiro de 2006 e janeiro de 2007, o Paraná gerou 95.260 empregos. O total corresponde a 40% de todos os postos de trabalho criados pelos três Estados que formam a Região Sul do País.

Agora, desde janeiro de 2003, início do governo Roberto Requião, já são 352.652 os novos empregos formais gerados no Paraná. O resultado, segundo dados confirmados pelo Caged, é quase 10 vezes maior que o verificado nos oito anos anteriores, quando o Paraná teve um saldo de 37.882 empregos.

Caged

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados é um registro do Ministério do Trabalho e Emprego que contém informações sobre contratações e demissões no mercado formal de trabalho. Criado em 1965 pela Lei n.º 4.923, o cadastro revela o saldo real de empregos. Isto é: a diferença entre as contratações e as demissões. (AEN)