O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou hoje que o Banco Central atua contra o crescimento do País e a geração de empregos ao não reduzir mais a taxa básica de juros, a Selic. O tucano disse que a manutenção da política monetária deixa dúvidas sobre quando o Produto Interno Bruto (PIB) deixará de encolher.

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A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC que vai definir a taxa Selic, atualmente em 10,25% ao ano, começou hoje e termina amanhã. A expectativa dos analistas de mercado é de que o Copom anuncie um corte de 0,50 ou 0,75 ponto porcentual, levando os juros básicos para a faixa de um dígito. Mas, para o governador, esse ritmo é insuficiente.

“O PIB caiu de novo neste trimestre e está todo mundo comemorando, dizendo que poderia ser melhor”, disse o governador, em discurso durante a troca de comando da Secretaria de Estado de Assistência Social, na capital paulista. “Não está claro quando se vai deter isso, em face das orientações da política econômica do BC, que é contra o crescimento e evidentemente contra o emprego.”

Mais tarde, em evento da Secretaria de Saúde, o governador voltou a apontar falhas na condução da economia pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É uma política equivocada e que não ajuda a combater a estagnação econômica”, criticou.

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Serra se mostrou satisfeito diante do resultado da pesquisa CNI/Ibope de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2010, divulgada hoje. O tucano aparece com 38% das intenções de voto, seguido pela ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT, Dilma Rousseff (18%). “É bom ter um reconhecimento nacional à minha vida pública. É sempre muito gratificante”, afirmou.

O governador reiterou, porém, que não tem a intenção de entrar agora no debate eleitoral. “É muito cedo para simular o que vai acontecer no ano que vem”, disse. “Achar que (a pesquisa) já é parte de uma corrida eleitoral é precipitado.”

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