O delegado regional do trabalho, Geraldo Serathiuk, afirmou que as notícias sobre a queda do emprego industrial paranaense devem ser analisadas de forma técnica, para que se entenda melhor as suas razões.

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?O Paraná, que gerou 122 mil empregos em 2004, foi atingido fortemente pela seca, que levou a uma queda de 42% dos empregos no Estado em 2005, muito acima da queda nacional que foi de 25% – o que atingiu por conseqüência vários outros setores da indústria. Por isso entendo que é preciso tomar muito cuidado quando se faz uma análise ou uma crítica sem mostrar a importância de cada setor na geração do emprego, levando em conta o peso de cada atividade econômica no número de empregos no Estado, bem como, na pauta de exportação, importação e de vendas no mercado interno, superestimarmos cadeias produtivas, como se fossem preponderantes.

A indústria, por exemplo, é responsável por 23% dos postos de trabalho formal do Paraná e, dentro dela, cada cadeia produtiva industrial tem um percentual de participação. Assim verificaremos que o Paraná continua sendo um estado dependente do modelo agroexportador. Basta ver nossa pauta de exportação?, afirma o delegado.

Serathiuk sugere também a leitura neste momento da pesquisa MCM Consultores Associados, que mostra que a maioria dos setores continua competitivo mesmo com o dólar no atual patamar, e relata que os setores que estavam acostumados a trabalhar com dólar alto, mas mudaram suas políticas de inovação tecnológica e de conquista de novos mercados, continuam a crescer. O delegado alertou que ?o Paraná continua sendo vítima da Lei Kandir, que tirou a capacidade de investimento do setor público estadual e municipal, e da implantação de um modelo que beneficiou empresas internacionais e de agricultura de alta escala, com renúncia fiscal e de crédito, trazendo uma migração de 1,5 milhão de paranaenses do interior para as grandes cidades, concentração da terra no campo e a uma crise urbana sem precedentes, com aumento da criminalidade?.

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De acordo com Serathiuk, é importante destacar que o Paraná gerou mais de 320 mil empregos nos últimos 3 anos e 5 meses, sendo 70% no interior do Estado. ?Pois tivemos mudanças nas políticas de investimento, de crédito, fiscal e social e por isso é fundamental verificar que neste momento o setor indústria da metalurgia, mecânica, química, alimentação, construção civil e agricultura, voltaram a contratar mais do que em 2005, o que sinaliza que teremos um ano melhor do que 2005, quando fomos atingidos por uma forte seca?, conclui.