As empresas japonesas ficaram mais pessimistas com as condições dos negócios nos próximos três meses, depois do terremoto e do tsunami que atingiram o nordeste do Japão em 11 de março.
A pesquisa Tankan do Banco do Japão (BOJ) divulgada domingo (3), a primeira após o terremoto, mostrou que o índice de difusão para os negócios das grandes indústrias japonesas de abril a junho piorou para -2. Na sexta-feira, dia 1º, o índice da pesquisa era de 2, mas ainda não levava em conta as consequências da tragédia.
Em uma decisão bastante incomum, o BOJ decidiu divulgar os índices com respostas coletadas depois do terremoto. Mas o banco central disse que os dados de hoje devem ser usados apenas como uma referência. O banco não recomendou a comparação dos índices obtidos antes e depois do terremoto, pois a última pesquisa teve número menor de participantes.
Das 11.101 companhias consultadas pelo BOJ de 24 de fevereiro a 31 de março, 23,6% responderam à pesquisa depois do terremoto, embora possam ter refletido opiniões anteriores ao evento.
Os dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que o principal índice de sentimento das grandes indústrias foi recebido de 12 a 31 de março e se manteve em 6, o mesmo da pesquisa divulgada na sexta-feira.
Na pesquisa de dezembro, estava em 5. Os dados representam a porcentagem das companhias que dizem que as condições de negócios estão boas, menos as que respondem negativamente.
O índice do sentimento das empresas que não são indústrias era 7, significativamente maior do que o 3 de sexta-feira e também acima do 1 da Tankan de dezembro. Entretanto, o cenário de difusão para essa categoria piorou para -4, ante -1 na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.