Brasília (AE) – Depois de um acordo entre governo e oposição, o Senado aprovou ontem simbolicamente a Medida Provisória 232, que corrige em 10% a tabela de Imposto de Renda para Pessoas Físicas. O líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que, por conta da nova lei, haverá uma renúncia de receita da ordem de R$ 2,4 bilhões, mas defendeu o corte de gastos como medida para compensar as perdas na arrecadação. A votação transcorreu sem tumultos, com poucos discursos da oposição que se limitou a comentar o recuo do governo ao desistir de tributar empresas prestadoras de serviço.
Essa cobrança estava prevista na MP 232 original, mas diante das pressões e do risco de derrota no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu revogá-la, permitindo apenas a correção da tabela para as pessoas físicas na MP. O projeto de conversão à MP vai agora à sanção presidencial.
A MP 232 sofreu grande pressão da sociedade porque previa, inicialmente, aumento de impostos, que não havia sido negociado com o governo.