Propostas do setor agrícola para logística, política agrícola, processo tecnológico, meio ambiente, qualificação profissional, responsabilidade ambiental, alimentação saudável e insegurança jurídica foram consolidadas, ontem, no fechamento do seminário “O que esperamos do próximo presidente?”, promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em Curitiba.

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As sugestões partiram de técnicos e representantes de entidades ligadas à agricultura em toda a Região Sul. Produtores rurais tiveram conhecimento ontem das propostas, que serão levadas a um seminário nacional na próxima semana, quando serão reunidas as ideias de todo o País. O encontro, em São Paulo, resultará em um documento que será entregue para os partidos políticos.

Entre as propostas estão a criação de um seguro de renda para o produtor rural e a reformulação do modelo atual do crédito rural. A categoria também deseja uma nova política para a produção de trigo, alegando que a existente hoje não da garantias aos produtores.

No segmento de meio ambiente, as principais propostas foram a implantação de um código ambiental federal em substituição às outras legislações existentes sobre o assunto no País, e o pagamento por serviços ambientais (compensação pela preservação de mata nativa).

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Os técnicos da região Sul ainda propuseram a melhoria da estrutura de defesa sanitária no interior do Brasil e nas fronteiras. Outra preocupação está na logística.

A categoria acha necessário baratear e tornar mais eficiente o transporte de cargas, dar mais atenção para ferrovias e hidrovias e a construção de armazéns nas propriedades, além de financiamento para isto.

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Os produtores rurais também defendem uma legislação trabalhista específica para quem está no campo. Um dos pontos mais polêmicos está na área de insegurança jurídica.

A categoria quer anular a possibilidade de audiências prévias antes da determinação de reintegração de posse, conforme previsto no Plano Nacional de Direitos Humanos.

“Nós não somos contra a Reforma Agrária, mas somos totalmente contra invasão de terras”, afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM/TO), que fechou o seminário da Região Sul.

Ela ressaltou que os candidatos à presidência da República nestas eleições não podem apenas possuir uma proposta para o setor rural. De acordo com ela, é preciso tomar reais atitudes para o segmento.

“Queremos mostrar ao novo presidente propostas para os próximos quatro anos. E não apenas entregar uma lista de choro”, comentou Abreu, sobre o documento que será formulado após o seminário nacional.