A agenda de indicadores domésticos da próxima semana deve marcar a transição de julho para agosto com a divulgação de números referentes ao mês que se encerra e os que retratam parte do que aconteceu com a economia ainda no mês passado. No total, serão oito divulgações, incluindo a produção industrial de junho. Na segunda-feira (30), o Tesouro Nacional informará o saldo das contas do governo central em junho na área fiscal. Em maio, esta conta, que considera os esforços fiscais do próprio Tesouro, Banco Central e INSS, registrou um superávit da ordem de R$ 4 822 bilhões.
No mesmo dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará a inflação medida pelo IGP-M de julho. Em junho, o IGP-M fechou com uma elevação de 0,26%. Mais tarde, o Banco Central mostrará as medianas das expectativas dos analistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos, dentro da pesquisa Focus.
Na terça-feira (31), o BC divulgará os dados fiscais do setor público consolidado de junho, que englobam, além dos números do governo central, os resultados dos estados, municípios e estatais federais. Em maio, foi anotado um superávit de R$ 9,295 bilhões
Na quarta-feira, o primeiro dia de agosto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informa o saldo comercial de julho. No mês passado, a diferença entre as exportações e as importações brasileiras foi um superávit da ordem de US$ 3,816 bilhões. No mesmo dia, a FGV informará a inflação média de julho para o consumidor com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S).
A agenda dá uma pausa na quinta-feira e recomeça na sexta-feira (3) com a publicação, por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos dados relativos à produção industrial de junho. Ainda na sexta-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anuncia a inflação ao consumidor para a cidade de São Paulo neste mês que se encerra.
Em maio, a produção industrial avançou 1,30% sobre abril, com ajustes sazonais, e 4,90% sobre maio do ano passado pela leitura original dos números. Quanto à Fipe, a expectativa do próprio coordenador do índice, Márcio Nakane, é de que a inflação do paulistano feche em alta de 0,31% ante uma variação de 0,55% em junho.
No calendário corporativo, seguem as divulgações dos balanços das companhias brasileiras referentes ao segundo trimestre, com destaque para a Vale do Rio Doce e a Brasil Telecom, ambas na terça-feira.
EUA, Europa e Ásia
Nos Estados Unidos, a próxima semana trará vários indicadores econômicos importantes, a começar pelos dados do custo da mão-de-obra no primeiro trimestre, os de renda pessoal e gastos com consumo (PCE) em junho, os índices de atividade dos gerentes de compras (de Chicago, nacional industrial e nacional de serviços), dados de hipotecas, de vendas pendentes de imóveis e investimentos em construção, o índice de confiança do consumidor e culminando, na sexta-feira, com os dados do nível de emprego em julho (payroll).
Entre as companhias americanas que anunciam balanços na semana que vem está a General Motors, que divulga resultado na terça-feira. Acredita-se que a montadora de Detroit anunciará lucro, pois a empresa teve progressos em seu programa de recuperação ao focar no crescimento da lucratividade em mercados emergentes. Também apresentarão seus números do segundo trimestre empresas do porte da Sun Microsys, Tyson Foods, Verizon, Avon, Kraft Foods, Moody’s, Starbucks, Time Warner, Walt Disney, Eastman Kodak e Washington Post.
Na Europa, as reuniões do Banco Central Europeu (BCE), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central da Eslováquia (NBS) serão os eventos de destaque da próxima semana. Entre os indicadores previstos, haverá vários índices de confiança, os índices de atividade dos gerentes de compras e os dados do desemprego na França, na Alemanha e na zona do euro.
A Telefónica abre a semana das divulgações de balanços, que ainda terá Statoil, BP, ABN Amro, Alcatel-Lucent, Basf, BMW, Deutsche Bank, Arcelor Mittal, Credit Suisse, Iberia, Barclays, Unilever, Rio Tinto e British Airways.
Os eventos de destaque na região da Ásia e do Pacífico na próxima semana são a eleição no domingo para o Senado do Japão (que poderá ter repercussões para a continuidade do governo liderado por Shinso Abe), a visita à China do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, e a reunião de política monetária do Banco Central da Índia (RBI), esta última na terça-feira.