Sem verba, agência de aviação dos EUA vai fechar

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) anunciou que cerca de 4 mil de seus funcionários foram dispensados do trabalho a partir deste sábado, porque os dois partidos no Congresso não chegaram a um acordo sobre o financiamento da agência. Os controladores de voo, considerados essenciais, continuarão a trabalhar normalmente.

O impasse no Congresso envolve uma iniciativa do Partido Republicano, de oposição ao presidente Barack Obama, para eliminar um subsídio federal de US$ 16,6 milhões para 13 aeroportos situados em zonas rurais. A soma é pequena em comparação com o total de gastos do governo dos EUA, mas os aeroportos que seriam afetados são localizados em estados representados no Senado por membros influentes do Partido Democrata, como o líder da maioria no Senado, Harry Reid (Nevada) e o presidente do Comitê de Comércio do Senado, Jay Rockefeller (Virgínia Ocidental).

O corte desses subsídio foi aprovado na Câmara, onde os republicanos têm maioria. Como a Câmara entrou em recesso de verão nesta sexta-feira, ficou para o Senado, onde os democratas têm maioria, a alternativa de aprovar o projeto ou deixar que a FAA feche parcialmente.

Um funcionário do governo Obama disse que os trabalhadores dispensados não serão reembolsados retroativamente pelo tempo perdido, a não ser que o Congresso aprove uma lei determinando que isso seja feito.

A FAA disse que perderá US$ 200 milhões por semana, já que as companhias aéreas passarão a não cobrar um imposto federal de 7,5% sobre o valor das passagens. Mas isso não deverá beneficiar os consumidores; a US Airways anunciou nesta sexta um reajuste em suas tarifas e analistas disseram esperar que as outras companhias do setor acompanhem essa decisão. As informações são da Dow Jones.

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