André Montenegro, presidente do Sinduscon-CE, disse que algumas construtoras já começaram a demitir os funcionários para reduzir custos, devido ao atraso por parte do governo do repasse de recursos para as habitações destinadas às famílias de renda mais baixa inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida. “Se os atrasos do governo se tornarem frequentes, as empresas não vão querer assinar novos contratos e vão começar a parar o andamento das obras por falta de dinheiro.”

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Esse atraso preocupa os empresários do setor. “Não estamos entendendo o que está acontecendo: se o motivo é o orçamento apertado ou algum motivo eleitoral”, disse o presidente do Sinduscon Rio, Abrahão Roberto Kauffmann.

O Sinduscon do Rio Grande do Sul também recebeu reclamações de uma dezena de empresas por causa dos atrasos. “É uma equação lógica: se os atrasos forem frequentes as empresas têm que diminuir os custos. A primeira medida é cortando pessoal”, afirma.

O governo estima que o programa habitacional foi responsável pela geração de 1,27 milhão de empregos em 2013, direta e indiretamente, o que representa 2,6% do total das vagas formais, segundo dados divulgados pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

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O vice-presidente da Câmara Brasileira de Construção Civil (Cbic), José Carlos Martins, disse que há registro de reclamações por causa dos atrasos em todo o País. “As construtoras da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida têm margem muito estreita. Quando acontece isso, a empresa leva um susto.” Em nota, o Tesouro informa que os repasses estão normais e foram liberados R$ 3,9 bilhões neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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