Continua sem ponto final a greve dos bancários, que completou ontem 24 dias. Em assembléia realizada no final da tarde, os bancários de Curitiba decidiram manter a paralisação. “Não houve nenhuma proposta nova”, alegou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba, José Paulo Staub. Uma nova assembléia está marcada para segunda-feira, às 17h, na Praça Carlos Gomes.
A Confederação Nacional dos Bancários (CNB) informou que ainda não recebeu qualquer proposta do Banco do Brasil de perdão parcial dos dias parados dos bancários em greve. Na última quinta-feira, o governo teria proposto perdoar um terço dos dias parados. O BB chegou a divulgar a oferta pelo correio eletrônico interno. Segundo comunicado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a proposta colocada em rede interna do banco informava que um terço dos dias parados seriam abonados, um terço seria compensado e um terço seria descontado, mas sem reflexo em férias e licença-prêmio.
Trabalhadores de 24 estados estão com os braços cruzados, mas a greve atinge, principalmente, os bancos públicos. Segundo representantes da CNB, as assembléias de ontem não discutiram o perdão dos dias parados.
No Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal o atendimento, ontem, foi parcial e prejudicou os desempregados e os trabalhadores que precisavam sacar o PIS e o Fundo de Garantia. Há duas possibilidades para resgatar o Fundo de Garantia: com o Cartão Cidadão, em caixas eletrônicos ou em lotéricas. Quem não tem o cartão deve procurar as agências que estão em funcionamento. O mesmo vale para os saques do PIS. O atendimento para o seguro-desemprego só é feito na agência onde o dinheiro foi depositado pelo Ministério do Trabalho.