Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, na tarde desta quinta-feira (1º), que, sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o Brasil teria de elevar a taxa de juros. É que, sem a contribuição, o equilíbrio fiscal não seria alcançado, e o país perderia, de uma hora para outra, R$ 36 bilhões, neste ano, e R$ 39 bilhões no próximo, disse o ministro.
Em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Mantega ressaltou que, sem a CPMF, não seria fácil fazer um rearranjo no orçamento e o Brasil não teria como argumentar com os investidores estrangeiros que é um país sólido, que está crescendo.
Ele reafirmou que, se a prorrogação do tributo não for aprovada, o investimento seria zero e seria necessário cortar investimentos sociais.
Sobre o fato de o Brasil ser o 62º em investimento tecnológico, como noticiado na imprensa, Mantega disse que país é o quarto ou quinto preferido para investimentos, como pôde constatar em eventos internacionais. "Não é [preferido] para especulação, não. É para abertura de novas empresas e novos investimentos. O Brasil se tornou um atrativo pela solidez, pela responsabilidade fiscal e baixa vulnerabilidade", afirmou.
Durante a audiência, o ministro admitiu que a estabilidade não é uma conquista só do governo atual, mas também de governos anteriores. "Os governos anteriores começaram, e nós continuamos a estabilidade fiscal que temos hoje."