O resultado fiscal tende a amargar um sinal negativo em 2015, se nenhum ajuste for feito. Segundo as projeções da equipe econômica do Itaú Unibanco, o Brasil tende a registrar um déficit primário de 0,3% no ano que vem, caso o setor público (governos central e locais) mantenha o atual comportamento em termos de despesas e receitas. Se as despesas de custeio “crescerem ao mesmo ritmo de anos anteriores”, o item vai representar uma contribuição negativa de 0,2 ponto porcentual nesse resultado.

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“Esse é o cenário que consideramos de deterioração”, afirma o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn.

No cenário que considera ajustes no lado fiscal, a equipe do banco projeta um superávit primário de 1,2%. O resultado teria a contribuição ainda negativa do item “despesas de custeio”, mas menor. O impacto no indicador seria de -0,1 ponto porcentual.

A maior contribuição positiva (1 ponto porcentual) viria de um aumento na arrecadação, via mudança de regras e impostos. Outro impacto (+0,2%) viria de uma redução nos investimentos no ano que vem.

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Mesmo com 1,2% de superávit primário em 2015 e de 0,2% em 2014, como prevê o banco, a dívida líquida do setor público continuaria subindo pelos próximos anos. A estabilidade chegaria depois de 2018, caso os superávits primários sigam crescendo. Na projeção, os economista do Itaú consideram um superávit de 1,8% em 2016 e de 2% em 2017 e também em 2018.

O cenário com ajustes na gestão fiscal é o cenário-base do banco e que permite a projeção de crescimento econômico de 1,1% em 2015. Sem os ajustes, a dívida líquida do setor público continuará crescendo indefinidamente. Em 2018, chegaria a 47,9%.

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