Sem acordo, greve dos vigilantes entra no 10.º dia

Terminou sem acordo a reunião entre representantes do sindicato das empresas de valores e do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes), ontem, em Curitiba. Com isso, a paralisação dos vigilantes entra hoje no 10.º dia. Por determinação judicial, vinte carros-fortes – cinco de cada uma das empresas, Prosegur, TGV, Transbank e Proforte – estão atendendo Curitiba desde ontem. Ao todo, são 1,8 mil vigilantes em todo o Paraná.

Foram quase três horas de negociação, sem qualquer avanço. ?Não teve acordo. Eles estão intransigentes?, reclamou o presidente do Sindivigilantes, João Soares. Segundo ele, não foi marcada nova reunião para discutir o assunto. Os vigilantes pedem uma reposição integral da inflação (5,86%), aumento real de 4%, aditivo de risco de vida de 30% (hoje é 20%), fim da compensação de horas e vale-alimentação de R$ 12,00 (atualmente eles recebem R$ 10,00). No entanto, admitiu Soares, alguns pontos das reivindicações poderiam ser revistas. As empresas querem pagar apenas a reposição da inflação.

Dissídio

A juíza vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região, Wanda Santi Cardoso da Silva, designou para a próxima segunda-feira audiência de conciliação em ação de dissídio coletivo com greve e pedido de antecipação de tutela, proposta pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Estado do Paraná.

A ação foi proposta contra sete entidades que representam os trabalhadores do setor em greve há mais de uma semana em todo o Estado. Em seu despacho, a juíza vice-presidente do TRT denegou o pedido de tutela antecipada referente à manutenção de 50% da frota e de pessoal correspondente das empresas representadas pelos sindicatos dos trabalhadores. Determinou, por outro lado, que os grevistas se abstenham, em todo o Paraná, de utilizar meios não pacíficos para persuadir os trabalhadores a aderir à greve. A decisão vale para todo o Estado, exceto para Curitiba, porque a entidade sindical da base territorial já recebeu ordem proferida em ação de interdito proibitório, que tramita na 14.ª Vara do Trabalho da capital.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo