O segundo trimestre deverá registrar o pior resultado para o Produto Interno Bruto (PIB) na avaliação do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn. “Estamos vendo uma melhora no cenário internacional, com o crescimento voltando aos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Europa e Japão, mas ainda há uma defasagem nos emergentes”, disse. No Brasil, ele lembrou que este ano deve ser de queda na atividade econômica, cenário agravado pelo quadro de aumento da inflação.
Segundo as projeções do Itaú Unibanco, a economia deverá recuar no segundo trimestre, registrar expansão zero no terceiro e ter uma queda de 0,1% no último trimestre. Para o acumulado de 2015, o banco projeta retração de -1,7% no PIB. Para 2016, a expectativa é de crescimento de 0,3%.
Em relação à inflação, Ilan Goldfajn prevê um IPCA de 8,8% em 2015 e de 5,5% em 2016. “O investimento está caindo há 8 trimestres seguidos, e isso tem de estancar. Teremos uma recuperação lenta, mas que virá, a recessão deve acabar neste ano”, afirmou Goldfajn. Ele afirmou, ainda, que as medidas de ajuste fiscal são necessárias, mas que trazem impactos e maiores dificuldades para a economia do Brasil.
O economista participou, na manhã desta terça-feira, 16, do Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2015 e 2016, realizado pela BM&FBovespa, em São Paulo.