Segundo Paulo Bernardo, governo não vai tabelar serviços bancários

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (27) que o governo não tem a intenção de tabelar os serviços bancários ou praticar uma política intervencionista. Segundo ele, a concorrência do setor bancário é importante, mas também é preciso preservar o interesse do consumidor. O governo estuda, segundo Bernardo, uma forma de regulamentar a cobrança de tarifas bancárias.

"Com certeza houve um crescimento muito expressivo das tarifas que são cobradas das pessoas e das empresas e acho que isso chegou a um ponto que exige um debate", disse o ministro, ao chegar ao Ministério da Fazenda, para reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Segundo ele, o governo está fazendo alguns estudos e discutindo a melhor forma de encaminhar essa regulamentação: se por meio de resolução do CMN ou por meio de lei. Paulo Bernardo lembrou que os bancos já sinalizaram com a possibilidade de auto-regulamentar a cobrança de tarifas. O ministro disse que é preciso esperar para ver o que os bancos farão, mas argumentou que o governo também precisa ter uma ação.

Inflação

O ministro afirmou que a elevação das projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC) decorre da economia real. Segundo ele, não há relação entre esse aumento nas projeções com o fato de o CMN ter fixado uma meta de inflação acima das expectativas do mercado. "Acreditar nisso é achar que o rabo é que abana o cachorro", afirmou.

Ele comentou que essa elevação das projeções "vem da demanda, da entressafra, das dificuldades internacionais e de outros fatores". "Não gosto, mas a realidade é esta que está aí", afirmou.

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