O saldo externo entre bens e serviços no primeiro trimestre apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa do PIB, de R$ 10,2 bilhões, é o menor desde o primeiro trimestre de 2003, quando foi de R$ 8,1 bilhões. O número é semelhante, mas a tendência é oposta. O saldo, que aumentou a partir daquela época, agora está em trajetória de redução.
De lá para cá, as exportações só cresceram, depois de terem aumentado 15,3% em 2004, mas passaram a se expandir a um ritmo mais lento. No primeiro trimestre deste ano, as exportações de bens e serviços se expandiram 4,2% no acumulado de quatro trimestres. Foi a menor taxa nesta comparação desde o segundo trimestre de 2002 (quando não houve variação).
Já as importações pararam de cair e, desde o primeiro trimestre do ano passado crescem a dois dígitos e cada vez mais na taxa acumulada em 12 meses, tendo alcançado 19,1% no primeiro trimestre deste ano. A demanda externa, que já puxou o crescimento da economia nacional em anos anteriores, deu contribuição negativa para o PIB no ano passado e a tendência é a de que essa contribuição negativa aumente, à medida que o crescimento das importações continue a um ritmo superior ao das exportações.
O ano de 2003 foi de virada na capacidade de financiamento da economia nacional, com o déficit de R$ 20,994 bilhões com o exterior em 2002, transformando-se em um superávit de R$ 4,622 bilhões de 2003. Este superávit aumentou para R$ 27,321 bilhões em 2004 e começou a se reduzir para R$ 25,854 bilhões em 2005 e para R$ 21,019 bilhões em 2006.
No primeiro trimestre deste ano, a capacidade de financiamento ficou em R$ 934 milhões, ante R$ 1,537 bilhão no mesmo período do ano passado.