Segundo Mantega, oferta e demanda estão equilibradas no Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (04) que a oferta e a demanda estão equilibradas no Brasil. Ele explicou que os investimentos vêm crescendo a uma taxa de 16% (dado do quatro trimestre de 2007, ante igual período do ano anterior), enquanto o consumo das famílias avança ao ritmo de 8,6%. Segundo o ministro, como os investimentos estão tendo forte expansão, o País deve experimentar nos próximos meses "um grande aumento de oferta". "Os investimentos já estão surtindo efeito", destacou.

Na apresentação do quarto balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), hoje, Mantega também destacou que a produtividade está crescendo no Brasil a um ritmo superior ao da alta dos salários reais (já descontada a inflação). "O que significa que o aumento dos salários não é inflacionário", afirmou ele.

Inflação

Mantega ponderou que há um aumento mundial da inflação, que, nos últimos 12 meses, segundo ele, subiu dois pontos porcentuais, chegando a 5,5%. Por conta disso, explicou, há uma série de países que estão se desviando da meta de inflação, como o Chile. "O Brasil não se desviou da meta – incluindo o intervalo de tolerância – e está perfeitamente dentro do programa de metas", disse o ministro, que destacou ainda que o País tem mantido a inflação sob controle e mesmo assim segue com crescimento da atividade em ritmo acelerado, apesar da crise internacional.

Mantega lembrou que o mercado está prevendo aceleração da inflação neste ano, mas também trabalha com uma desaceleração dos índices de preços em 2009 e 2010. "O governo olha para a inflação futura e persegue as metas para os anos seguintes", disse o ministro.

Ele também destacou que a inflação dos alimentos elevou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do centro da meta, de 4,5%, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ressaltou que a inflação continua dentro da margem de tolerância. O ministro acentuou que o governo tem tomado medidas de combate à inflação, citando no âmbito macroeconômico a "política fiscal contracionista", em que o governo tem feito com que o crescimento das despesas este ano ocorra em ritmo menor do que no ano passado e abaixo da expansão das receitas.

Outros temas

No âmbito fiscal, ele ainda citou a poupança fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o fundo soberano. Mantega mencionou também a alta na taxa básica de juros, a Selic, e medidas de restrição à expansão do crédito, como elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito pessoal e compulsório sobre leasing (arrendamento mercantil).

Ele citou ainda as medidas de desoneração tributária para alguns produtos, como aço e itens da cadeia do trigo, além da redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para combustíveis.

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