A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o superávit da balança comercial este ano deve ficar em US$ 43 bilhões, uma queda em relação ao ano passado, que foi de US$ 46 1 bilhões, mas ainda robusto se considerada a valorização do real frente ao dólar. Segundo a CNI, as exportações devem totalizar US$ 157 bilhões em 2007, um aumento de 14% na comparação com 2006, sustentado principalmente por ganhos de preço.
O Informe Conjuntural do segundo semestre, divulgado hoje pela entidade, afirma que a perda de competitividade no exterior será em parte, compensada pela alta demanda internacional. As importações, estima a CNI, devem atingir US$ 114 bilhões em 2007 alta de 25%. Mas ao contrário das exportações, diz o documento, a maior parte desse crescimento decorre da expansão das quantidades importadas.
Copom
A CNI avalia no Informe Conjuntural que torna-se cada vez mais difícil a tarefa de projetar o comportamento do Conselho de Política Monetária (Copom) nas próximas reuniões marcadas para o segundo semestre de 2007. "O fato se deve às recentes alterações na composição do comitê – envolvendo a substituição de diretores do Banco Central – e as ambigüidades na divulgação da meta de inflação para 2009", afirma o documento.
Recentemente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou uma meta de inflação de 4,5% para 2009, mas admitiu que o BC poderá perseguir uma meta menor, de 4%. A CNI, no entanto, projeta uma nova redução de 0,5pp na Selic, na reunião desta semana, e mais três cortes de 0,25pp até dezembro. Com isso, a taxa básica deve fechar 2007 em 10,75% a.a. A Selic fechou o primeiro semestre em 12% a.a.