Segundo Bernardo, corte de despesas deve alcançar R$ 10 bi

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (24) que o aumento de 0,5 ponto porcentual da meta de superávit primário deste ano significa uma economia maior de R$ 14,243 bilhões. Ele explicou que, para este reforço fiscal, o governo pretende fazer um corte de despesas em todas as áreas em torno de R$ 10 bilhões e aumentar as receitas, exigindo que as empresas estatais elevem os repasses dos dividendos da União.

"Nós, nos últimos anos, adotamos a postura de não receber todos os dividendos para que as empresas tivessem recursos para investir, mas vamos reduzir essa flexibilidade", disse Bernardo, explicando que os dividendos devem engordar os cofres da União em cerca de R$ 4 bilhões – os números finais serão acertados em reunião nesta terça com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às 17 horas, no Palácio do Planalto.

O ministro disse que não há previsão de outros aumentos de receita. Bernardo explicou ainda que o contingenciamento de recursos pode ser um pouco maior, porque o governo está sendo pressionado para atender outras demandas.

Ele disse que o presidente Lula já sinalizou que gostaria de acomodar no Orçamento um reajuste para o programa Bolsa Família. Segundo Bernardo, um reajuste de 6% dos benefícios significaria mais R$ 300 milhões em gastos no segundo semestre. "Dá para acomodar, mas teremos de cortar de outro lado", explicou. Além disso, o governo federal deve liberar R$ 85 milhões para o governo do Rio de Janeiro realizar campanhas para sediar as Olimpíadas. Segundo o ministro, ainda existem as emendas parlamentares e demandas de governadores que precisam ser atendidas.

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