Segundo Anatel, leilão de telefonia celular movimenta R$ 570 milhões

Terminou nesta quarta-feira (26) o leilão de sobras de freqüências do Serviço Móvel Pessoal (SMP) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo o superintendente de serviços privados da Anatel, Jarbas Valente, o leilão movimentou ao todo R$ 570 milhões, superando em R$ 100 milhões o valor somado dos preços mínimos dos lotes. Valente explicou, entretanto, que o montante que será recolhido para o Tesouro Nacional poderá ser inferior ao total dos lances, uma vez que empresas terão descontos de acordo com o tempo remanescente de suas atuais concessões de freqüência. Segundo Valente, foram arrematados 77 dos 105 lotes oferecidos pela Anatel.

Na avaliação do superintendente da agência, o leilão foi bem sucedido e "alcançou os objetivos da Anatel". Ele destacou o fato de que agora o Brasil terá quatro grandes operadoras, uma vez que a Oi conseguiu entrar no mercado de São Paulo, a Vivo obteve autorização para operar no Nordeste e a Claro, para a região Norte.

Para ele, o resultado desse leilão traz uma perspectiva animadora para o leilão de terceira geração que a Anatel pretende realizar ainda este ano. Segundo Valente, a área técnica da agência deverá encaminhar amanhã ao conselho da Anatel o edital do leilão de 3G. "A nossa estimativa é de que o edital seja aprovado pelo conselho no mês que vem.

A telefonia móvel de terceira geração prevê o uso de banda larga no celular e a transmissão mais rápida de dados e imagens. Valente disse que algumas empresas estrangeiras já manifestaram interesse no leilão de 3G. Ele não citou nomes, mas afirmou que as empresas são da Europa, da China e dos Estados Unidos. Segundo ele, uma vez implementado, o mercado de 3G deverá ter um crescimento de 15% ao ano.

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