A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto, que registrou aumento de 0,59%, teve o maior resultado para uma segunda prévia desde novembro do ano passado, quando subiu 0,75%. A informação é baseada em tabela contendo a série histórica do índice, fornecida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em divulgações anteriores. O IGP-M é usado para a correção de contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica.
Pela mesma tabela, é possível notar que a segunda prévia de agosto do Índice de Preços por Atacado (IPA), que avançou 0,75%, também foi o maior resultado nesse tipo de índice desde novembro do ano passado, quando aumentou 1,04%. Por sua vez, o IPC, que teve elevação de 0,26% na segunda parcial do mês, teve a menor taxa desde junho deste ano. Nesta data, o IPC registrou expansão de 0,22%. Por fim, o INCC, que subiu 0,37% na segunda prévia, teve a maior taxa desde junho de 2007, quando o indicador cresceu 1,71%.
IPA
Os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 2,29% na segunda prévia do IGP-M de agosto, ante aumento de 1,13% em igual prévia do IGP-M de julho. De acordo com a FGV, os preços dos produtos industriais no atacado tiveram aumento de 0,26%, frente a deflação de 0,17% na segunda parcial do mesmo indicador em julho.
No âmbito do IPA segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais apresentaram queda de 0,14% na segunda prévia do IGP-M de agosto, ante deflação de 0,04%.
Já os preços dos bens intermediários tiveram alta de 0,42% na segunda prévia anunciada nesta terça-feira (21) na comparação a 0,10% em igual parcial do mesmo indicador em julho. Por fim, os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 2,57% na segunda prévia de agosto, ante aumento de 0,87% na segunda prévia de julho.
Destaques
Na análise da movimentação de preços entre os produtos no atacado, na segunda prévia do IGP-M de agosto, as altas de preço mais expressivas foram registradas em bovinos (5,33%); leite in natura (5,54%); e óleos combustíveis (4,28%). Já as mais significativas quedas de preço, no atacado, foram apuradas em cana-de-açúcar (-3,32%); ovos (-4,95%); e gasolina (-2,24%).
No varejo, o IPC acumula elevações de 3,26% no ano e de 4,24% em 12 meses, até a segunda prévia do IGP-M de agosto, anunciada nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – sendo que o IPC representa 30% do total do IGP-M.
Segundo a FGV, a desaceleração na taxa do IPC, na passagem da segunda prévia do IGP-M de julho para igual prévia do mesmo indicador em agosto (de 0,29% para 0,26%), foi influenciada por desacelerações e quedas de preços em cinco das sete classes de despesa pesquisadas, na passagem da segunda prévia do IGP-M de julho para igual prévia em agosto. É o caso de Alimentação (de 0 90% para 0,88%); Vestuário (de 0,68% para -0,39%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,40% para 0,31%); Transportes (de -0 33% para -0,48%) e Despesas Diversas (de 0,47% para 0,28%). As outras duas classes de despesa apresentaram aceleração de preços como Habitação (de -0,08% para 0,11%); e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,28% para 0,32%).
Na análise dos preços dos produtos no varejo, as altas de preços mais expressivas, na segunda prévia do IGP-M de agosto, foram apuradas em leite tipo longa vida (7,84%); tarifa de telefone residencial – assinatura e pulsos (1,82%); e tomate (13,47%). Já as mais significativas quedas de preços foram registradas em mamão da amazônia – papaia (-25,54%); tarifa de eletricidade residencial (-1,75%); e gasolina (-1,16%).
Construção
Na construção civil, o INCC acumula elevações de preços de 4,19% no ano e de 5,02% em 12 meses, até a segunda prévia do IGP-M de agosto – sendo que o INCC representa 10% do total do IGP-M.
De acordo com a FGV, a aceleração na taxa do INCC, da segunda prévia do IGP-M de julho para igual prévia em agosto (de 0,25% para 0,37%), foi causada principalmente por acelerações de preços nos segmentos de materiais e serviços (de 0,38% para 0 39%) e mão-de-obra (de 0,10% para 0,34%), no período.
Ao analisar a movimentação de preços por produtos, a FGV esclareceu que as mais expressivas altas de preço na construção civil, na segunda prévia do IGP-M de agosto, foram registradas em refeição pronta no local de trabalho (1,29%); ajudante especializado (0,32%); e servente (0,39%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em aço CA-50 e CA-60 (-0,19%); condutores elétricos fio/cabo (-0,80%); e mármore branco nacional/granito (-0,51%).