O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, participou ontem da primeira reunião de 2006 do Fórum dos Secretários Estaduais de Comércio Exterior. No encontro, Furlan falou sobre as medidas que estão em vigor no âmbito da chamada MP do Bem (medida provisória que criou vantagens tributárias para atração de investimentos).
O secretário de Desenvolvimento da Produção do ministério, Antonio Sérgio Martins Mello, que também participou da reunião, disse que o fórum é um espaço aberto para o debate de políticas públicas, de modo a estimular sintonia entre as ações da União e dos estados. A novidade de ontem, segundo ele, foi a apresentação de um projeto do Banco Mundial (Bird), em parceria com o movimento Brasil Competitivo, com o objetivo de eliminar barreiras administrativas e atrair investimentos para os estados.
Na primeira fase do projeto, o Bird visita os 12 estados conveniados e avalia o grau de desempenho de cada um, de acordo com cinco indicadores voltados para a competitividade: abertura de empresas, registro de propriedade, obtenção de crédito, adesão a contratos e o pagamento de impostos. A análise desses indicadores vai determinar o grau de atração de investimento dos estados, disse Antonio Sérgio.
Para ele, o foco principal do fórum é o aumento de competitividade. Por esse motivo, os secretários estaduais e os do ministério reúnem-se, uma vez por trimestre, para propor alternativas, estimular a troca de experiências e formular um plano de desenvolvimento que inclua o crescimento econômico de cada região. Tudo é registrado na Rede Nacional de Informações sobre Investimentos (Renai).
Dentre os projetos em estudo, o secretário citou a implantação de uma usina siderúrgica no Estado do Rio de Janeiro para escoamento da produção pelo Porto de Sepetiba, que vai gerar grandes investimentos e empregos. Ele disse que o governo de Minas Gerais também tem projeto importante, em parceria com um grupo alemão, para produção de semicondutores.
Segundo o secretário, o Brasil gasta mais de US$ 2 bilhões por ano com a importação desses instrumentos: ?Mercado existe, e será um projeto fundamental para o País?. Antonio Sérgio ressaltou, porém, que a indústria em análise não vai atender toda a demanda por semicondutores.