O secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, vai renovar a pressão sobre a Alemanha para que o país impulsione sua demanda doméstica e aceite uma união bancária mais profunda quando ele visitar Berlim esta semana, segundo a edição online do jornal britânico Financial Times. Os EUA e a Alemanha vêm enfrentando persistentes divisões sobre aspectos da política econômica.
Segundo o FT, Lew vai se reunir com o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, durante a sua visita de três dias à Europa, que também vai incluir compromissos na França e em Portugal.
A viagem ocorre pouco mais de dois meses depois de o Tesouro americano criticar a maior economia da zona do euro por seu amplo superávit em conta corrente, argumentando que isso cria “pressões desinflacionárias” para a Europa e a economia global.
“O fraco crescimento da demanda doméstica da Alemanha é o que acreditamos ter impedido um ajuste mais forte e equilibrado na zona do euro e um crescimento global mais amplo”, disse uma autoridade sênior do Tesouro dos EUA, pouco antes da viagem de Lew, sugerindo que o governo americano continua vendo a questão como um problema.
Após as críticas do Tesouro, a Alemanha rebateu com vigor, argumentando que não há desequilíbrio que precise de correção e que seu superávit em conta corrente “não é motivo de preocupação” para a zona do euro e para a economia global.