O secretário estadual de Planejamento, Ênio Verri, disse que o Paraná vai fechar o ano de 2008 com crescimento de 6,5% a 7%, superando os 5% que estão sendo previstos para o país, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em alguns setores, o crescimento será ainda maior. A Fiep ? Federação das Indústrias do Estado do Paraná, prevê crescimento do setor industrial de 7% a 8%. No campo, a previsão é de safra 12% maior que em 2007, quando o Paraná colheu 21,1 milhões de toneladas de grãos. A expectativa é que, somando as duas safras, o Paraná venha a colher, pela primeira vez, mais de 30 milhões de toneladas de grãos.
?A economia do Paraná em 2007 foi muito mais dinâmica do que a brasileira como um todo. Ainda não fechamos os cálculos, porém, a expectativa é que a economia do Brasil cresça 5% em 2007, 1% a menos que o crescimento registrado no Paraná. Portanto, a conta é que o Estado terá crescimento 20% maior que o verificado no país. Isso é resultado de nossa política de apoio à microempresa e de forte trabalho na área da agricultura, somado também as condições climáticas favoráveis?, argumentou.
Outro aspecto importante no crescimento, de acordo com o secretário do Planejamento, foi o aumento das exportações paranaenses, mesmo com o câmbio do dólar desfavorável. ?A indústria paranaense cresceu muito e graças às obras de infraestrutura executadas pelo Governo do Estado, como a melhoria de nossos portos e rodovias, o preço de nossos produtos ficou competitivo. Nossa indústria, hoje, consegue competir em iguais condições com outros países e outros estados brasileiros. Isso nos permite não só crescer 6% em 2007, mas aponta para 2008 com um crescimento maior?.
Previsão
Ênio Verri disse que os estudos para a previsão de crescimento tiveram início, depois do balanço das contas do Estado. ?No entanto, trabalho com a hipótese que o Paraná venha a crescer de 6,5% a 7%. Este é sem dúvida um crescimento que podemos chamar de um ?crescimento chinês?, só verificado na China nos últimos anos?.
Segundo ele, crescimento num governo como o de Roberto Requião representa mais empregos, melhores salários, mais escolas, saúde e obras. ?Existe crescimento e desenvolvimento. Crescimento é quando a economia cresce, mas o dinheiro fica no bolso dos mesmos. Desenvolvimento, que é a base da política no Paraná, a economia cresce e este crescimento é distribuído para a população, na forma de melhores serviços públicos e investimentos em infra-estrutura, que geram mais empregos. O importante é dizer que o crescimento de 7% previsto para 2008 representa escolas, rodovias em melhores condições e sem pedágio, serviço de saúde ampliado ou seja a qualidade de vida do paranaense vai melhorar?.
Ênio Verri não acredita que a ameaça de crise mundial afete sobremaneira o Paraná. ?É óbvio que o Paraná não está isolado da economia brasileira e, muito menos, da mundial. O Brasil, que vem crescendo nos últimos anos, está numa situação confortável. Ele tem um ?colchão? ? é o nome que se dá à reserva cambial ? a nossa reserva de dólares, na ordem de quase US$ 180 bilhões. Portanto, se lá fora a economia americana for abalada, o Brasil não sentirá tanto e o Paraná sentira menos ainda, porque está melhor preparado. Assim, em caso de crise mundial, teríamos aqui um leve tremor e não um terremoto, como pensam os mais pessimistas?, finalizou.