Brasília – O governo deve abrir, nos próximos dias, um processo para investigar dez fabricantes de cimento por formação de cartel. Juntas, essas empresas respondem por 97% da produção nacional. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda colheu indícios de que elas estão atuando juntas para dominar o mercado de concreto no País. As evidências fazem parte de uma representação com pedido de abertura de processo enviada ontem à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. As empresas que deverão ser investigadas, segundo a representação da Seae, são: Camargo e Corrêa, Cimpor, Ciplan, Votorantim, Itambé, Holcin, Lafarge, Nassau, CP e Soeicom. “Não se trata de uma condenação”, disse o secretário de Acompanhamento Econômico, José Tavares. “Nós somos um órgão de instrução e o que estamos enviando à SDE é resultado de nossas investigações.” A SDE vai analisar os indícios e decidir se abre ou não um processo. Em caso positivo, as empresas serão ouvidas. O processo será, depois, remetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que o julgará. Se forem condenadas, as empresas poderão pagar multas que chegam a 30% de seu faturamento bruto.
Secretaria denuncia o cartel do cimento
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