Secovi-SP: venda de imóvel novo recua 28,3% em abril

As vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista caíram 28,3% em abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para 2.319 unidades, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Sindicato de Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). Em relação a março, porém, as vendas subiram 48,1%.

De acordo com a Empresa de Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), em abril deste ano foram lançadas 2.129 unidades na capital, o que indica um recuo de 10,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e um aumento de 39,2% ante março de 2011. Com a relativa melhora observada em relação ao mês anterior, o índice de Vendas sobre Oferta (VSO) – que mede a relação entre a quantidade de unidades comercializadas e a oferta no mês – passou de 11,5% em março para 16% em abril.

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2011, a queda no volume de vendas foi ainda mais expressiva, de 44%, em relação ao mesmo período do ano anterior, com a comercialização de 6.584 unidades. No mesmo intervalo, os lançamentos recuaram 16%, para 7.162 unidades.

O Secovi-SP reafirmou que já observa sinais do início de uma retomada e lembra que a base de comparação é muito forte. “Mesmo descontados fatores sazonais, não há motivo para preocupação”, tranquiliza Celso Petrucci, economista-chefe da entidade. “Historicamente, o segundo semestre representa de 60% a 65% dos lançamentos e vendas no ano. Temos de lembrar que agora trabalhamos sob outras perspectivas”, acrescentou.

No momento, apesar dos sinais de arrefecimento do mercado imobiliário, o Secovi-SP ainda projeta um crescimento no mínimo semelhante ao do ano passado, com possibilidade de expansão entre 4% e 5%.

Três dormitórios

Em nota, o Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP ressalta que o segmento de três dormitórios assumiu a liderança em termos de participação nas vendas em abril, concentrando 39,4% do total comercializado no mês. Na segunda posição aparece o segmento de dois dormitórios, com 35,2% das vendas.

No conceito de área útil, as unidades com área de até 85 metros quadrados lideraram, concentrando 68,9% do volume comercializado em abril. Petrucci chama a atenção para a diferença de comportamento entre a Grande São Paulo e a capital identificada no levantamento. Enquanto na região metropolitana as vendas superaram os lançamentos, na cidade de São Paulo ocorreu o inverso.

Para os economistas da entidade, os números confirmam que o segmento econômico continuará avançando para municípios vizinhos à capital, onde se concentra esse tipo de demanda. Do total de unidades lançadas na região metropolitana entre janeiro e abril, 74,5% tinham valor médio superior a R$ 170 mil.

Grande São Paulo

As vendas de imóveis novos na região metropolitana de São Paulo, que engloba 38 cidades e a capital, caíram 40% no mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, mas cresceram 19,6% ante março deste ano, totalizando 4.663 unidades. A capital foi responsável por 49,7% do volume comercializado na região. Ao mesmo tempo, os lançamentos somaram 3.817 unidades, o que indica queda de 17% ante abril do ano passado e alta de 27,1% em relação a março.

No acumulado do quadrimestre, as vendas na região somaram 14.825 unidades, com queda de 39,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram comercializadas 24.525 moradias. A capital foi responsável por 44,4% do volume vendido na região. No mesmo intervalo, os lançamentos diminuíram 26%, passando de 18.789 unidades para 13.914 unidades.

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