O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) revisou para baixo as projeções de vendas e lançamentos na cidade de São Paulo em 2015. De acordo com os novas estimativas, as vendas devem recuar entre 15% e 20% na comparação com 2014 para um intervalo de 17,3 mil e 18,4 mil unidades, enquanto os lançamentos devem cair entre 23% e 25%, para 25,5 mil a 26,2 mil unidades.

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No começo do ano, o Secovi-SP previa uma queda de 10% no volume de lançamentos na cidade de São Paulo em 2015, com cerca de 28,5 mil unidades lançadas. Para as vendas, o Sindicato projetava dois possíveis cenários, que variavam entre uma queda de 10% a uma alta de 10% em 2015, que totalizariam entre 19,5 mil unidades e 23,7 mil unidades.

De acordo com a instituição, o mercado imobiliário vem procurando se adequar à atual conjuntura econômica e à sequência de notícias negativas, como o aumento da taxa de juros e a restrição de crédito imobiliário pela Caixa Econômica Federal. Por outro lado, o ajuste fiscal está em aprovação no Congresso Nacional e existe uma percepção geral de que as medidas propostas pela equipe econômica, se sancionadas e implementadas, poderão melhorar as expectativas dos investidores em relação ao País.

Em abril, foram vendidas 2.185 unidades residenciais, um aumento de 1,8% na comparação anual e alta de 72,5% em base mensal, de acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP. Em termos monetários, a pesquisa apurou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 884,2 milhões, volume 37,2% inferior ao de abril de 2014 e 30,8% superior ao de março.

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De acordo com o economista-chefe do Sindicato, o resultado monetário pode ser reflexo do tíquete médio dos imóveis vendidos, que foi de R$ 405 mil para a cidade de São Paulo em abril, ante R$ 655 mil no mesmo mês do ano passado. “Essa redução foi acentuada ainda pela comercialização dos imóveis na faixa de até R$ 350 mil, demonstrando que os incorporadores estão buscando adequar os produtos à faixa de renda na qual a demanda é maior”.

O indicador de vendas sobre ofertas (VSO) acumulado de 12 meses mostrou ligeira queda, passando de 41,5% no mês de março para 39,8% em abril. Na comparação mensal, a pesquisa apontou que 7,2% das unidades ofertadas foram comercializadas.

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Segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), 3.023 unidades residenciais foram lançadas no município de São Paulo, o que representou alta de 28,2% na base anual e elevação de 291,1% na comparação mensal. A cidade encerrou o mês de abril com 28.021 unidades não vendidas em oferta, o que equivale a um estoque de 23 meses, considerando a média de 12 meses de vendas, que é de 1.230 unidades. A oferta corresponde a imóveis residenciais novos na planta, em construção e prontos, lançados entre maio de 2012 e abril de 2015.

Região Metropolitana

Com exceção da capital, as demais cidades da Região Metropolitana registraram a comercialização de 1.429 unidades em abril, praticamente estável frente a março (1.428 unidades) e aumento de 90,3% na comparação com o mesmo mês de 2014 (751 unidades).

O VSO de 12 meses desses municípios ficou em 51,1%. Foram lançadas 1.351 unidades residenciais nessas cidades, o que representou redução de 20,3% em relação a março e aumento de 36,9% ante abril de 2014