Secovi-SP: imóveis de 2 dormitórios lideram lançamentos

Os imóveis de dois dormitórios representaram a maioria dos lançamentos imobiliários na capital paulista em 2011, de acordo com dados divulgados hoje pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Do total de 37,7 mil unidades lançadas no ano passado, 17,3 mil eram de dois quartos, 11,1 mil eram de três, 6,6 mil de um, e 2,7 mil, de quatro.

A maior expansão foi verificada entre os imóveis de apenas um dormitório, cujos lançamentos cresceram 54% em relação ao ano anterior. Na avaliação de Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, a maior participação deste segmento está relacionada à alta no preço dos imóveis e ao perfil da população. “A idade média dos compradores de seu primeiro imóvel está diminuindo. São pessoas mais jovens, que moram sozinhas, e também tem muitos recém-casados”, disse.

O presidente do Secovi-SP acrescentou que a tendência para esse ano é de retomada dos lançamentos de imóveis de quatro dormitórios, que chegaram ao fim de 2011 com baixos níveis de estoque. “Mas isso vai depender da demanda do mercado”, pondera.

Na avaliação por regiões, houve diminuição nos lançamentos nas zonas norte, oeste e sul da capital paulista entre 2010 e 2011, enquanto o centro e a zona leste tiveram alta no volume de lançamentos. Bernardes atribui a alta à maior disponibilidade de terrenos nessas regiões, principalmente na zona leste. “Essa é a bola da vez, para onde estão indo muitos empreendimentos”, afirmou.

Valores

Em 2011, a maior parte dos imóveis lançados em São Paulo (35,2%) estava avaliada entre R$ 170 mil e R$ 350 mil. Em seguida aparecem os imóveis na faixa acima de R$ 500 mil (28,2%), na faixa de R$ 350 mil a R$ 500 mil (25,9%) e, por último, aqueles com valor abaixo de R$ 170 mil (10,6%). Os imóveis da faixa mais baixa foram os que tiveram a maior queda na participação total ante 2010, quando representaram 22,0% dos lançamentos, de acordo com números do Secovi-SP corrigidos pelo INCC.

Em 2011, na média, 73% dos imóveis lançados se enquadravam na faixa sob financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). “Isso mostra uma grande aderência ao crédito imobiliário”, ressaltou Bernardes.

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