Mais de 3,8 milhões de toneladas de grãos já foram perdidos com a seca que atinge o Paraná desde novembro, o que representa 17,4% do potencial produtivo desta safra, e um prejuízo estimado de R$ 1,39 bilhão. As informações foram dadas ontem pelo vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti. As culturas mais prejudicadas foram as de milho (redução de 22,2%), feijão (17,8%) e soja (14,2%), mas culturas como fumo, batata e cana de açúcar também tiveram perdas significativas.
A região sudoeste, principalmente o Núcleo Regional de Francisco Beltrão, foi a mais atingida. Segundo o tenente Galeski, da Defesa Civil, 18 municípios estão com a documentação em trâmite para que suas perdas sejam avaliadas e, possivelmente, se decrete estado de emergência. A cidade de Realeza foi a primeira a encaminhar a documentação e já decretou a emergência.
Pessuti revelou que o primeiro passo da Secretaria de Agricultura será levantar a situação real de cada município, para poder apresentar ao governo federal e às demais instâncias do governo estadual uma pauta de necessidades. Ele revelou que iniciativas como o Bolsa-Estiagem, adotada ano passado, são boas ferramentas para ajudar os agricultores prejudicados pela seca, mas lembrou que, ano passado, os produtores só começaram a receber os recursos do programa em outubro.
?Não podemos esperar pelo Bolsa-Estiagem. Muito antes disso temos que tomar medidas emergenciais, como a compra e distribuição de sementes, a perfuração de poços e abertura de novas nascentes e a renegociação das dívidas e a busca por novas linhas de financiamento?, comentou.