Após três meses consecutivos de aumento, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo e no conjunto de seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade e pelo Dieese ficou praticamente estável em abril em relação a março.
Segundo a entidade, a taxa de desemprego no centro populacional paulista ficou em 15% em abril, praticamente estável em relação aos 14,9% apurados em março. No mês passado, o contingente de desempregados aumentou em 17 mil pessoas na região, para 1,568 milhão de pessoas.
Já nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal, a taxa de desemprego ficou em 15,3% no mês passado, praticamente estável em relação aos 15,1% do mês anterior. Em abril, o contingente de desempregados aumentou em 69 mil pessoas nesses seis grandes centros populacionais, para o volume estimado de 3,079 milhões de pessoas.
Setores
Entre os setores, a indústria paulista voltou a liderar as demissões em abril, dispensando 57 mil pessoas na região metropolitana de São Paulo. O comércio da região, por sua vez, que foi o setor que mais dispensou em março, demitiu 5 mil pessoas no mês seguinte. Já o segmento de serviços contratou 60 mil pessoas em abril e o grupo chamado “outros serviços” contratou 30 mil pessoas.
A exemplo do que ocorreu em São Paulo, que influencia fortemente a pesquisa, a indústria liderou as demissões em abril nas seis regiões metropolitanas, e eliminou 53 mil postos de trabalho. O comércio, que também havia registrado o pior resultado no mês de março no conjunto das seis capitais, dispensou em abril apenas 5 mil pessoas. Já o setor de serviços contratou 79 mil empregados; a construção civil, 33 mil; e o grupo outros setores, que inclui serviços domésticos, dispensou 2 mil pessoas.
Renda
O rendimento médio real (descontado a inflação) dos ocupados na região metropolitana de São Paulo caiu 0,6% em março ante fevereiro, e 2,8% ante março do ano passado, passando a equivaler a R$ 1.238. Já o rendimento médio real dos ocupados no conjunto das seis regiões pesquisadas caiu 0,8% em março ante fevereiro, e subiu 1,4% ante março de 2008, passando a equivaler a R$ 1.203,00.