A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu pelo terceiro mês consecutivo e passou para 14,9% em março, de acordo com pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada hoje. O desemprego aumentou 1,4 ponto porcentual em relação a fevereiro, quando a taxa estava em 13,5%.
Embora o crescimento do desemprego seja usual para o período, os técnicos da Fundação Seade e do Dieese destacam que a intensidade desse aumento só é comparável ao ritmo observado no início dos anos 90.
Em março do ano passado, o desemprego estava em 14,3% na região metropolitana de São Paulo, inferior ao nível apurado este mês. Esse comportamento de crescimento da taxa no comparativo com o mês do ano anterior não ocorria desde 2004.
No mês passado, o desemprego atingiu mais 154 mil pessoas, elevando o contingente total de desocupados para 1,551 milhão, na região. Essa elevação foi a maior para meses de março de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1985.
Já o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados cresceu 1% em fevereiro ante janeiro, e 1,6% na comparação com fevereiro de 2008, passando a equivaler a R$ 1.241. O período de fevereiro é o dado mais atualizado para esse componente da pesquisa.
Setores
No mês de março, os efeitos da crise atingiram em cheio o comércio na região metropolitana de São Paulo, que liderou a perda de vagas e desbancou a indústria, que vinha sendo a mais agressiva no ritmo de dispensas até então, segundo a Fundação Seade e o Dieese.
No mês passado, foram demitidas 112 mil pessoas no comércio e surpreendentemente houve contratação de um mil pessoas pelas indústrias localizadas na região metropolitana de São Paulo.