Representantes do setor público e privado envolvidos na cadeia produtiva da soja estiveram reunidos ontem na Secretaria da Agricultura. Foram discutidas medidas de ações preventivas que possam contribuir para que o Paraná fique de fora do impasse criado pela China em relação às importações de soja brasileira, cujos grãos estariam misturados com sementes tratadas com herbicidas.

A reunião foi convocada pelo vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti. Participaram representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ocepar, Fundepec, Associação Paranaense de Produtores de Sementes, Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, além dos diretores da Claspar e do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis).

O secretário Pessuti fez uma avaliação da repercussão do episódio envolvendo cargas exportadas pelo porto de Rio Grande (RS) e defendeu a volta da exigência do uso de corante nas sementes com agrotóxicos, proposta no início dessa semana pelo governador Roberto Requião. O corante ajuda, de maneira rápida e eficiente, a detectar a presença de fungicida.

“Vamos pedir ao ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, alteração na legislação que versa sobre tratamento de sementes, de forma a assegurar que os produtores já adquiram o produto usado para esse fim, devidamente adicionado de corante que facilite a identificação do mesmo” explicou.

Todos os participantes da reunião aprovaram a proposta de Pessuti e assinaram ofício a ser encaminhado ao Ministério da Agricultura. Eles também se comprometeram a desencadear um trabalho de orientação em todo o Estado, no sentido de evitar que misturas acidentais venham a acontecer.

O secretário Pessuti acredita que uma das maneiras de evitar problemas com contaminação da soja com impurezas ou fungicidas é a implantação de um programa de rastreabilidade das lavouras do Paraná. “Essa possibilidade já vem sendo discutida entre governo e setores produtivos e implica no acompanhamento dos produtores de sementes, do plantio ao desenvolvimento, da colheita à armazenagem, do transporte à industrialização e exportação”, explicou.

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