A vacinação do rebanho bovino e bubalino do Paraná termina nesta terça-feira (31), dentro da normalidade. A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) estima que 98% dos animais, de 0 a 24 meses, tenham sido imunizados contra o vírus, chegando a 4,3 milhões de cabeças previstas. Tamanho otimismo se deve ao fato de que durante todo o período da campanha iniciada no dia 1º de maio, a evolução dos trabalhos se deu dentro da normalidade, sem impedimentos como chuvas excessivas ou falta do produto.

continua após a publicidade

“O tempo colaborou e os estoques foram suficientes para a cobertura em todo o Estado”, atesta o chefe do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Seab, Marco Antônio Teixeira Pinto. Vale destacar que a multa para quem não vacinar o rebanho é de R$ 90 por animal, enquanto a vacina custa apenas R$ 1,50.

O sucesso da campanha, porém, ainda não se reflete em uma certeza quanto ao prazo para o Paraná passar de Área Livre de Febre Aftosa, com vacinação, para Área Livre de Febre Aftosa, sem vacinação. “Estamos fazendo todo o trabalho de impedir a circulação do vírus no meio, para nos habilitarmos novamente. Mas há outros quesitos como readequações das barreiras interestaduais que são levados em conta”, ressalva.

Para viabilizar esse trabalho, nesta semana, a secretaria estará chamando até quarta-feira (01) 178 novos funcionários, aprovados no último concurso da Seab em 2007. São engenheiros agrônomos, técnicos agrônomos e médicos veterinários que serão distribuídos entre as unidades de Curitiba, Londrina e Cascavel. “Com esse reforço nos quadros, já teremos cumprido 75% das ações necessárias para conquistarmos os status de Área Livre de Febre Aftosa, sem vacinação”, avalia Pinto.

continua após a publicidade

A dispensa de vacinação agrega valor ao rebanho paranaense, ao mesmo tempo em que abre novos mercados. “Países como o Japão não aceitam carne sem esse precedente, pois existe uma possibilidade ínfima de estar adquirindo a doença, já que o gado e o búfalo podem ser hospedeiros da doença por anos”, explica. Segundo ele, o valor da carne no mercado internacional pode quadruplicar com o resgaste dessa classificação de Área Livre de Aftosa, sem vacinação.