O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 05, que se for necessário a Câmara fará ajustes no texto da Reforma da Previdência, que ainda passará pela comissão especial. “É claro, se tem excessos, vamos corrigir os excessos”, afirmou.
O presidente da Câmara reafirmou que a Reforma da Previdência será votada ainda no primeiro semestre deste ano na Casa, assim como as mudanças na legislação trabalhista. Em fevereiro, quando os parlamentares voltarão do recesso, será instalada a comissão especial que analisará a Proposta de Emenda à Constituição, colegiado onde a medida poderá sofrer alterações.
Maia repetiu que a reforma é essencial para a retomada do crescimento econômico e disse que em qualquer posição que estiver na Casa, seja como presidente ou como mero deputado, vai ajudar na aprovação das reformas de interesse do governo. Ele disse que, pessoalmente, é defensor da criação de uma “escadinha” nas regras de transição da Reforma da Previdência para não criar “injustiças”. “É apenas uma opinião minha, mas posso ser convencido pelo (Marcelo) Caetano ou pelo Mansueto (de Almeida) que minha tese inicial está errada, porque eles conhecem muito mais do que eu a questão das contas públicas e do sistema previdenciário”, afirmou, citando o secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, e o secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Mansueto Almeida.
O parlamentar voltou a citar o Rio de Janeiro como exemplo de excesso na concessão de benefícios, o que gerou a crise financeira que vive atualmente o Estado. Maia lembrou que tal política provocou hoje a situação onde servidores precisam de “vaquinha” para sobreviver. “Essa reforma não vem para tirar direitos”, insistiu.
O deputado pregou que haja seriedade no debate e que ele ocorra para não passar a impressão de que o governo encaminhou uma proposta que tira direitos adquiridos do cidadão. “Se a gente tiver muita clareza nesse debate, a gente no final vai sair desse debate, pela primeira vez, mostrando exemplos de que a irresponsabilidade não gera benefícios, gera na verdade os prejuízos que a gente está vendo”, finalizou Maia dando como exemplo os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.