O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou em painel com executivos de empresas aéreas e de logística que se o PIB do Brasil crescer 1 ponto porcentual por ano, a aviação no país deve crescer entre 2 a 3 pontos porcentuais por ano. “Ainda temos muito para avançar na regulação do sistema e na infraestrutura regional, mas temos muitas oportunidades como a recente assinatura do acordo de céus abertos”, disse o ministro, destacando as oportunidades do setor, para uma plateia de investidores nacionais e estrangeiros durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019.
Entre os projetos para o setor, Freitas citou o programa de aviação regional com um plano aéreo para cobertura nacional. “Seguiremos investindo no plano aéreo para as empresas dobrarem as cidades de atuação”, disse Freitas.
Dentre os esforços do governo, o ministro afirmou que em 2020 será aberta licitação para cluster de aviação Agronorte 1 e 2, incluindo aeroportos menores como o de Juazeiro do Norte (CE). “Queremos passar de 6º para 3º maior mercado de aviação do mundo em pouco tempo”, projetou Freitas.
Azul
O CEO da companhia aérea Azul, John Rodgerson, disse estar otimista com as oportunidades de crescimento das empresas aéreas no Brasil. “Já disse ao ministro (da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas), se construir mais aeroportos, vamos enchê-los. Temos oportunidades de crescimento em todo canto do Brasil”, afirmou Rodgerson, durante o painel “O novo ciclo de investimentos em infraestrutura no Brasil”, que reuniu executivos do setor no Fórum de Investimentos Brasil 2019.
O CEO da Azul destacou a necessidade de regionalização da malha de aeroportos do país, para levar a estrutura para cidades de pequeno e médio porte. “Operamos em 105 cidades do Brasil. A nossa previsão é elevar em 35 nos próximos 4 anos”, estimou Rodgerson.
Ainda quanto aos aeroportos regionais, o executivo pediu ao ministro maior atenção na infraestrutura dessas unidades para operação com condições climáticas adversas. “Muitos aeroportos fecham por tempo ruim e a responsabilidade recai sobre as empresas aéreas, com custos para a realocação dos usuários. Se consertarem os aeroportos, vamos dobrar a operação”, enfatizou o CEO da Azul.
Em suas considerações finais, o executivo parabenizou as reformas feitas pela atual gestão, como a reforma da Previdência. “Brasil tem tudo para dar certo, mas não deu por causa da gestão do passado”, observou.