O déficit da Previdência Social vem crescendo em ritmo menos acelerado nos últimos anos e não é motivo de preocupação em um horizonte de quatro a cinco anos, avalia o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério, Helmut Schwarzer. Ele, no entanto, enfatizou que as reformas são necessárias para assegurar a sustentabilidade das aposentadorias e demais benefícios no longo prazo, frente o aumento da população idosa no País ano a ano.
Segundo o secretário, a previsão de saldo negativo para 2007 é de R$ 44,7 bilhões e disse que o ministério trabalha para garantir a saúde financeira do sistema previdenciário brasileiro. "No ano passado, tivemos uma diferença entre a arrecadação e o pagamento de contribuições do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de R$ 42 bilhões. Para este ano nossa projeção é de R$ 44,7 bilhões. É um crescimento muito menor do que o registrado até anos recentes. Essa desaceleração se deve ao fato de que mudou significativamente a situação do mercado de trabalho. A geração de empregos formais tem sido muito forte, o que impacta de forma positiva a arrecadação da Previdência Social".
Para explicar a redução do déficit da Previdência, Schwarzer disse que em 2005 ele foi de R$ 37 bilhões e em 2004, de R$ 36 bilhões. Em 2003 havia sido de R$ 26 bilhões e em 2002, de R$ 17 bilhões. "Então há uma desaceleração do crescimento. Neste ano um aspecto interessante é que diferentemente dos anos anteriores a arrecadação da Previdência Social está crescendo a uma taxa maior do que a despesa com os benefícios. Entramos em uma etapa na qual crescemos mais rapidamente na arrecadação", disse ao site da Câmara Americana de Comércio de São Paulo (Amcham São Paulo).