Uma nova geração de caminhões menos poluentes chega ao mercado brasileiro. Resultado de investimentos de R$ 1,5 bilhão feitos pela Scania na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a nova linha inclui cinco modelos movidos a gás natural, biometano e bioetanol.

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Segundo a empresa, “serão os primeiros caminhões movidos a GNV/biometano do mundo”. Na linha a diesel, o motor é 12% mais econômico do que o atual. A nova plataforma também está preparada para a produção futura de híbridos e elétricos.

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A produção dos novos veículos começa em outubro e as entregas no início de 2019, informa Christopher Podgorski, presidente da Scania América Latina. Mais da metade da produção local é exportada para países latino-americanos.

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A nova linha passa a ser feita no País dois anos após seu lançamento na Europa. Apesar de resistências no passado, o caminhão a GNV, desenvolvido com novas tecnologias, é visto pela Scania como alternativa economicamente viável e menos poluente, além de ser uma opção de rápida aplicação até que o mercado esteja preparado para outras tecnologias, como a eletrificação.

“O GNV tem custo de operação inferior ao do diesel, além de índice de emissão de poluentes até 70% menor”, diz Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania. Segundo ele, a infraestrutura de abastecimento já existe. Podgorski ressalta que o preço do veículo é mais caro, mas o retorno pode ser rápido.

Apesar de vários testes nos últimos anos, Ford, Iveco, MAN e Volvo não têm à venda caminhões a gás ou biogás. A Mercedes-Benz informa ter o produto disponível se houver demanda.

Investimento

Para o lançamento da nova geração de veículos, a fábrica da Scania passou por mudanças e ficará parada por duas semanas, em janeiro, para últimos ajustes. O projeto consumiu 60% do investimento de R$ 2,6 bilhões previsto para 2016 a 2020 e inclui a adoção de um novo conceito de vendas em que concessionários serão treinados para atuar como consultores. “O cliente diz para qual uso quer o caminhão, e o concessionário poderá indicar a melhor opção entre 35 diferentes aplicações disponíveis”, diz Podgorski. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.