Dois importantes produtores de petróleo, Arábia Saudita e Rússia pressionam pela extensão por mais três meses do acordo para reduzir a oferta da commodity, de acordo com uma fonte ligada ao assunto. Caso se confirme a hipótese, o acordo liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) valeria até o fim de junho.

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O ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, discutiu a proposta com o ministro da Energia russo, Alexander Novak, em uma reunião em julho em São Petersburgo sobre o cumprimento do limite à produção, segundo duas fontes ligadas ao assunto. Os dois ministros têm feito lobby para que outros países apoiem a iniciativa, de acordo com as fontes. Nenhum dos ministros respondeu a um pedido de comentário.

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A Opep uniu esforços com 11 países de fora do bloco no fim do ano passado para atingir o acordo de produção acabar com o excesso de oferta que tem pressionado os preços. Até agora, porém, a iniciativa não resultou no impulso almejado pelo cartel, em parte por causa do aumento na produção de xisto nos EUA. O acordo foi ainda minado pelo nível relativamente baixo de cumprimento da iniciativa por alguns produtores.

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Uma autoridade da Opep confirmou que uma extensão por três meses foi discutida na reunião de São Petersburgo e é considerada pelos líderes da Opep. O acordo original foi renovado no fim de maio e vale até o fim de março do próximo ano. Os esforços para estendê-lo buscam evitar uma queda forte no preço do barril.

“Há preocupações de que, se os produtores da Opep e de fora dela deixarem o mercado em março, os operadores reagirão muito negativamente a isso e se comportarão como se o mercado estivesse em queda livre”, afirmou uma autoridade saudita. “Isso garante que os produtores não bombeassem a todo vapor e os preços recuassem.”

O ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio del Pino, deve visitar Rússia e Arábia Saudita antes de uma reunião planejada para 22 de setembro em Viena para discutir o nível de cumprimento e a possível extensão do acordo, segundo a fonte. A proposta também é discutida com outras nações do Golfo integrantes da Opep, afirmou outra pessoa ouvida.

Falih e Novak já disseram que farão “o que for necessário” para reduzir o nível de estoques. “O sr. Falih em particular permanece muito comprometido com essa promessa e por ora ele pensa que é necessário agora um maior compromisso dos produtores e a extensão do acordo”, afirmou uma graduada fonte do setor de um país de fora da Opep e que participa da iniciativa. Fonte: Dow Jones Newswires.