O volume de recursos que os investidores sacaram da poupança em janeiro, já descontados os depósitos, somou R$ 10,735 bilhões, informou nesta segunda-feira, 6, o Banco Central. Este resultado, apesar de negativo, foi melhor que a retirada líquida de R$ 12,032 bilhões verificada em janeiro de 2016. Em dezembro do ano passado, houve captação líquida positiva de R$ 10,669 bilhões.

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Tradicionalmente, nos meses de janeiro as famílias costumam aplicar menos recursos na poupança. Isso ocorre porque boa parte da renda é direcionada a despesas de início de ano, como o pagamento de matrículas escolares e IPTU.

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Em 2015 e 2016, a crise econômica acirrou os saques durante o mês de janeiro, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na poupança para fazer frente às despesas. Neste início de 2017, o fenômeno voltou a ocorrer.

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No primeiro mÊs do ano, de acordo com o BC, o total de aplicações foi de

R$ 166,121 bilhões e o de saques, de R$ 176,856 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 658,567 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 4,310 bilhões de janeiro.

Além da crise econômica, a poupança tem perdido espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 13,00% ao ano.

Em janeiro, a poupança rendeu 0,67% enquanto o CDI – principal referência para aplicações de renda fixa – subiu 1,08% e a Bovespa teve valorização de 7,38%, conforme a consultoria Economatica. O IGPM – índice de inflação medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – registrou taxa de 0,64% no mês passado.