Foi debatida, ontem, em Chapecó (SC), a implantação da Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste) no Estado de Santa Catarina. A ferrovia, concebida inicialmente para ligar Guarapuava a Dourados (MS), pode, agora, ter seu projeto ampliado para alcançar a região do oeste catarinense. A implantação da via naquela região é uma reivindicação de empresários e políticos locais. Eles reclamam da fraca estrutura logística na região, o que prejudica principalmente o agronegócio, bastante forte por lá.
O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, que estava na reunião, cita um estudo feito com a Secretaria da Infra-Estrutura de Santa Catarina, que mostra os benefícios que a ferrovia pode trazer para a região.
A indústria de carne de frango e de suínos do oeste catarinense, por exemplo, depende do milho e da soja produzidos no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. ?São aproximadamente 5 milhões de toneladas de insumos que hoje são transportadas por caminhão, aumentando os custos da produção?, informa Gomes.
Outro transporte que poderá ser feito por trem até a região é o de calcário e cimento, que vêm da Região Metropolitana de Curitiba, e de derivados de petróleo, produzidos na refinaria da Petrobras em Araucária. Ambos são feitos, hoje, por rodovias.
Atualmente, a Ferroeste liga Guarapuava a Cascavel, em apenas 248 quilômetros de extensão. As obras de ampliação estão estimadas em R$ 1,3 bilhão. A construção de um trecho de 130 quilômetros da estrada está, inclusive, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas não há previsão de quando as obras serão realizadas.