Salvatore Alberto Cacciola, de 65 anos, pede liberdade antes do Natal. Desde julho de 2008 encarcerado no Bangu 8, galeria D, presídio de segurança máxima no Rio, vivendo à base de antidepressivos, o ex-banqueiro aposta na estratégia de seus advogados – dois habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um terceiro em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao STJ, a alegação central da defesa é que o Brasil descumpre acordo com o Principado de Mônaco ao manter preso o personagem principal do escândalo financeiro do banco Marka por “fato diverso” daquele que motivou sua extradição.
Perante o STF, é outra a tática dos defensores de Cacciola. Eles sustentam que jurisprudência da corte, a mais alta instância do Judiciário, louva o princípio da presunção de inocência ao impor que um acusado só pode ficar sob custódia se condenado em definitivo.
Em abril de 2005, o ex-banqueiro pegou 13 anos de prisão por gestão fraudulenta e cumplicidade em peculato, pena de primeira instância, confirmada depois em segundo grau – mas ainda passível de recurso.