Salvaguardas ficaram fora da agenda de discussões

Brasil e Argentina encerraram a reunião de Cúpula do Mercosul sem nenhum acordo – pelo menos oficial – na discussão sobre as salvaguardas aos produtos brasileiros, assunto que dominou toda a semana de preparação para o encontro de Ouro Preto. O tema apareceu de forma indireta no discurso do presidente argentino, Néstor Kirchner, que fez uma defesa das necessidades da economia argentina. "Os benefícios do Mercosul não podem ir só numa direção", reclamou o argentino. Mas a discussão oficial ficou para janeiro, quando já estava agendada a próxima rodada de negociações sobre medidas protecionistas, apenas com os dois países.

"O Brasil não tem problema com a Argentina em relação ao Mercosul – disse o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, ao término do encontro.

Segundo ele, as divergências comerciais têm sido sistematicamente resolvidas pelos empresários. Sobre a afirmação de Kirchner, Garcia ponderou que o Brasil também não quer ser o único a ganhar com o Mercosul.

A adesão dos países associados ao Mercosul (Venezuela, Colômbia, Peru, Chile, Equador e Bolívia) ampliou a complexidade do bloco e, na visão de Garcia, vai exigir novas discussões e propostas.

Para o ministro das Relações Exteriores, chanceler Celso Amorim, a reunião de Ouro Preto "não podia ter sido melhor".

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