Técnicos que trabalham no desenho da nova estatal que administrará os contratos do pré-sal estão diante de um dilema: como assegurar uma boa remuneração aos executivos que serão contratados e, ao mesmo tempo, garantir que a nova empresa continue enxuta. As alternativas administrativas disponíveis não permitem atender aos dois objetivos simultaneamente, por isso busca-se um desenho intermediário.
Há duas formas possíveis de definir a fonte de recursos da estatal. Ela poderia ter um porcentual dos contratos de exploração ou receber recursos do Tesouro Nacional para cobrir suas despesas. Para alguns técnicos, o problema de dar à empresa um porcentual dos contratos é que, qualquer que seja a fatia, corresponderá a mais que o necessário para cobrir os custos de operação da nova estatal.
Por outro lado, uma estatal “dependente” do Tesouro Nacional teria de observar o limite máximo de remuneração no serviço público de R$ 24,5 mil. Esse salário, apesar de elevado, é provavelmente mais baixo do que o de mercado para executivos que negociam contratos de exploração de petróleo. A nova estatal, batizada informalmente de Nova Estatal do Petróleo (NEP), vai administrar os contratos de exploração do pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.