Salários de admissão tiveram alta de 4,86% no semestre

Os salários médios de admissão apresentaram um aumento real (descontada a inflação) de 4,86% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje. Nesse intervalo, o valor subiu de R$ 783,08 para R$ 821,13. “Foi um crescimento acima da inflação. Isso é prova inequívoca da aceleração da economia”, comemorou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

De acordo com o ministro, o dado é positivo porque diz respeito somente ao pagamento feito pela primeira vez ao trabalhador. Isso revela, segundo Lupi, que ao contrário do que sempre se disse as novas contratações não estão sendo realizadas por salários mais baixos. “Este é o dado mais importante para mim de todos da economia brasileira”, disse o ministro. “É o dado que mostra a geração do círculo virtuoso da economia: emprego, renda, consumo, produção, emprego”, citou.

Para o ministro, o indicador continuará forte no segundo semestre deste ano. Indagado se não teme que dados extremamente positivos do mercado de trabalho sejam usados como argumento pelo Banco Central (BC) para aumentar os juros, Lupi disse esperar que isso não ocorra. “O Banco Central tem que ajudar o Brasil a gerar mais empregos. Sou seguidor do (vice-presidente da República) José Alencar nisso e repito o mantra”, afirmou, referindo-se aos pedidos feitos por Alencar desde o início do governo, em 2003, para que a autoridade monetária seja menos rigorosa com o aumento da Selic (a taxa básica de juros da economia).

Desde 2003, primeiro ano do governo Lula, o salário médio de admissão subiu 29,14%, segundo o Caged, passando de R$ 635,85 para R$ 821,13. De acordo com o cadastro, a elevação foi generalizada em todas as unidades da federação, com destaque para Rondônia (59,46%), Piauí (55,19%), Maranhão (46,50%) e Bahia (46,14%).

Emprego nos Estados

A construção de duas usinas hidrelétricas, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), permitiu que o Estado de Rondônia apresentasse o maior crescimento porcentual de empregos formais no primeiro semestre do ano, na comparação com o período do ano anterior, segundo informou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele se referia às usinas de Santo Antonio e de Jirau. De acordo com os dados do Caged, o crescimento porcentual de vagas líquidas de trabalho com carteira assinada em Rondônia foi de 8,31% nos primeiros seis meses do ano ante o mesmo período de 2009, o que significa um total de 16.734 postos de trabalho.

Pela mesma medição, o segundo Estado a apresentar maior crescimento porcentual na geração líquida de empregos foi Goiás: 7,63% ou 70.155 vagas. Neste caso, de acordo com o ministro, a explicação para o desempenho positivo é a agropecuária. Em terceiro lugar ficou Minas Gerais: 6,64% ou 232.572 postos criados. “O dado positivo de Minas Gerais deve ser atribuído ao café”, disse Lupi. Entre todas as unidades da federação, a única a apresentar mais demissões que contratações no primeiro semestre do ano foi Alagoas, com recuo de 11,71% e saldo negativo de 35.450 vagas.

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