O salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas conseguir viver deveria ter sido de R$ 6.527,67 em junho de 2022, avaliou o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na mais recente análise sobre o preço dos itens da cesta básica, divulgado nesta quarta-feira (6).

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O valor faz com que o salário mínimo atual, de R$ 1.212, seja cinco vezes menor do que o necessário para uma família dar conta de adquirir alimentos como arroz, feijão, café, leite integral e carne bovina de primeira, bem como outros itens e serviços.

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A definição dada para o salário mínimo tem base na determinação escrita na Constituição, diz o levantamento: “a determinação constitucional estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.

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Em relação à comida, são 13 alimentos que compõem o cálculo do Dieese, que avalia a variação de preços em 17 capitais brasileiras. São Paulo (SP) ficou novamente no topo do ranking das capitais mais caras para adquirir os alimentos da cesta básica, sendo seguida por Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

O conjunto de alimentos custava R$ 777,01 na capital paulista, valor que representa uma variação negativa de 0,12% em relação aos preços registrados em maio e um aumento de 23,97% nos últimos 12 meses. Das 17 cidades, nove apresentaram aumento no preço para adquirir a cesta básica no último mês.

Na comparação entre salário líquido —sem descontos previdenciários— e preço da cesta, o trabalhador comprometeu 59,68% da renda com os produtos listados e precisou trabalhar pelo menos 121 horas e 26 minutos. Em maio, a jornada foi de 120 horas e 52 minutos, e o percentual de dinheiro carimbado era de 59,39%.

Veja a seguir o valor da cesta e a variação mensal medidos pelo Dieese em 17 capitais:

  • São Paulo: R$ 777,01 (-0,12%)
  • Florianópolis: R$ 760,41 (-1,51%)
  • Porto Alegre: R$ 754,19 (-1,90%)
  • Rio de Janeiro: R$ 733,14 (1,33%)
  • Campo Grande: R$ 702,65 (-0,49%)
  • Curitiba: R$ 701,26 (-1,74%)
  • Brasília: R$ 698,36 (0,29%)
  • Vitória: R$ 692,84 (-0,77%)
  • Goiânia: R$ 674,08 (-0,08%)
  • Fortaleza: R$ 657,00 (4,54%)
  • Belo Horizonte: R$ 648,77 (-0,67%)
  • Belém: R$ 632,26 (0,59%)
  • Recife: R$ 612,34 (2,76%)
  • Natal: R$ 611,79 (4,33%)
  • João Pessoa: R$ 586,73 (3,36%)
  • Salvador: R$ 580,82 (0,34%)
  • Aracaju: R$ 549,91 (0,28%)
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