O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 2.892,47 em abril para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, segundo estudo divulgado nesta terça-feira, 07, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 18 capitais do País.

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Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 344,30, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,26 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 678,00.

O valor é maior que o apurado para março, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.824,92 – 4,17 vezes o piso vigente. Em abril de 2012, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.329,35, ou 3,74 vezes o mínimo de então, de R$ 622,00.

Tempo de trabalho

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A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em abril de 2013, o conjunto de bens essenciais subiu na comparação com março.

Na média das 18 cidades pesquisas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário mínimo teve de cumprir uma jornada de 98 horas e 5 minutos em abril, tempo superior às 96 horas e 47 minutos exigidas em março. Em relação a abril de 2012, quando a pesquisa era feita em 17 localidades (Campo Grande/MS não entrava na amostra), a jornada exigida também foi maior, já que naquele mês eram necessárias 85 horas e 53 minutos.

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