O salário mínimo pago no Brasil deveria ter sido, em agosto, de R$ 1.247,97, segundo avalia o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Sócio-Econômico (Dieese). A estimativa leva em conta o preço da cesta básica mais cara do País, a de Porto Alegre, que no mês passado consumia R$ 148,55 da renda do trabalhador. O piso sugerido pelo Dieese supera em 6,2 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 200.
Com relação à jornada de trabalho necessária para se adquirir a cesta básica em setembro, na média das 16 capitais eram necessárias 136 horas e 51 minutos. No mês anterior eram preciso 133 horas e 43 minutos de trabalho para se comprar a cesta. Com os aumentos verificados no preço da cesta básica em setembro, o trabalhador passou a comprometer 67,36% do salário mínimo líquido – após o desconto da parcela referente à Previdência Social. Em agosto a proporção correspondia a 65,81% do mínimo e em setembro do ano passado o trabalhador comprometia 64,81%.