As saídas de dólares superam as entradas em US$ 702 milhões neste ano até o dia 13 de setembro, de acordo com dados do Banco Central. Esta é a primeira vez no ano que o resultado vai para o terreno negativo. Se prevalecer essa trajetória nos próximos meses, o Brasil voltará a ver seu fluxo cambial fechar um ano no vermelho pela primeira vez desde 2008, auge da crise financeira internacional.

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No encerramento do ano passado, o saldo foi positivo em US$ 16,7 bilhões. Em 2011, a quantia de US$ 65,3 bilhões tinha sido a melhor desde 2007 e, em 2010, de US$ 24,3 bilhões. No ano anterior, o saldo voltou a ser positivo (US$ 28,7 bilhões), depois de registrar saídas de US$ 938 milhões em 2008.

O resultado acumulado este ano até agora é composto por uma fatia negativa de US$ 12,270 bilhões do segmento financeiro e positiva de US$ 11,568 bilhões do comercial. No mesmo período de 2012, o fluxo total estava positivo em US$ 24,410 bilhões.

Em setembro, até o dia 13, o fluxo cambial está negativo em US$ 2,940 bilhões. As operações financeiras responderam por uma saldo líquido positivo de US$ 382 milhões, diferença entre entradas de US$ 20,387 bilhões e saídas de US$ 20,005 bilhões. No comércio exterior, o saldo está negativo em US$ 3,321 bilhões, com importações de US$ 9,181 bilhões e exportações de US$ 5,860 bilhões, conforme dados do Banco Central (BC). Nas exportações estão incluídos US$ 1,244 bilhão em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,405 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 3,211 bilhões de “demais” operações.

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Na semana entre 9 e 13 de setembro, a saída de dólares superou a entrada em US$ 799 milhões. As operações financeiras responderam por uma entrada líquida de US$ 477 milhões no período, diferença entre entradas de US$ 10,914 bilhões e saídas de US$ 10,437 bilhões. No comércio exterior, o saldo foi negativo em US$ 1,277 bilhão, com importações de US$ 4,140 bilhões e exportações de US$ 2,863 bilhões – nas vendas externas, já estão contabilizados US$ 510 milhões de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e US$ 735 milhões de Pagamento Antecipado (PA), além de US$ 1,618 bilhão de “demais” operações.